Orientadores educacionais de escolas municipais se reuniram nesta quarta-feira (3) para um encontro de orientação para prevenção aos jogos de desafios. Durante toda a manhã eles receberam informações sobre sinais e sintomas da depressão, formas de acolhimento e abordagem dos adolescentes, bem como dados sobre os aspectos legais que envolvem os jogos de desafios e como denunciar casos suspeitos. A ação foi organizada pelas Secretarias de Educação, Saúde e Segurança e contou com apoio da OAB Itajaí e do Centro de Valorização da Vida (CVV).
O psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), Giovani Tesser, conversou com os educadores sobre os sinais da depressão e de que forma ela pode se manifestar na criança ou no adolescente. O médico também reforçou a importância prestar atenção ao comportamento dos jovens e deixar um canal de diálogo sempre aberto.
“Tanto os professores como os pais devem prestar atenção às mudanças de comportamento, como agressividade, irritabilidade e isolamento. E percebendo algo diferente acho prudente acessar o sistema de saúde para uma avaliação. Nem sempre essa mudança em adolescentes é uma doença, pode ser algo normal dessa idade. Mas quando se percebe prejuízo e sofrimento significativo é um caso para se prestar atenção e abrir um canal de diálogo”, comenta Tesser.
O corregedor da Secretaria de Segurança, Jairton Cesar Vieira, explicou ainda sobre o surgimento e algumas regras do jogo da Baleia Azul. Em seguida, ressaltou que os educadores devem se aproximar das crianças que apresentem alguma mudança no comportamento, além de dar dicas aos pais para estarem mais presentes na vida dos filhos e monitorarem o que eles estão acessando na internet e redes sociais. “Hoje não temos nenhum caso registrado no município com ligação ao jogo da Baleia Azul, mas se vocês identificarem algo suspeito comuniquem a Secretaria de Segurança para que possamos tomar as medidas cabíveis e informar a Polícia Federal”, pontuou.
O advogado da Comissão OAB Vai à Escola, Diego Pacheco, e procuradora federal da Advocacia-Geral da União (AGU), Roberta Terezinha Uvo Bodnar, também falaram sobre os crimes envolvidos nos jogos de desafios e a importância dos educadores estimularem o debate, tanto com alunos como com os pais. “A maioria dos alunos já sabem o que é o jogo da Baleia Azul ou já ouviram falar dele. Não adianta ficarmos escondendo, temos que falar sobre isso, esclarecer mitos e orientá-los”, alertou Roberta.
Também deram suas contribuições no encontro o médico pediatra da Secretaria de Saúde, Marcio Fossari, a terapeuta ocupacional do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Carmen Dacol, e a porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV), Sueli Riskala. Além dos orientadores e profissionais de saúde, participaram do evento representantes de outras instituições da comunidade, como Câmara de Vereadores, Secretaria de Desenvolvimento Social, Biblioteca Pública, Fundação Municipal de Esporte e Lazer, IFSC, entre outros.
Plano de ação
Os orientadores educacionais participantes vão elaborar, a partir do encontro, um plano de ação para aplicação nas escolas municipais e comunidade escolar. A ideia é que até o início da próxima semana eles definam ações para multiplicar as informações com pais, alunos e demais educadores da rede de ensino.
A secretária de Educação de Itajaí, Elisete Furtado Cardoso, também destacou a preocupação do município com os jogos de desafios e a importância de se tomar providências sobre o assunto o mais rápido possível. “Como orientadores já ouvimos vários casos, precisamos unir forças e fazer a diferença nas unidades, estar atento aos adolescentes para buscar a ajuda necessária”, afirmou.
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